Entre 20 de novembro de 1945 e 1 de outubro de 1946, aconteceu o julgamento de 24 lideranças do partido nazista alemão. O julgamento foi realizado pelos países aliados que haviam derrotado os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (EUA, França, União Soviética e Grã Bretanha).
Dentre os 24 julgados nesse tribunal, 12 foram condenados à morte por enforcamento, sendo que um deles, Martin Bormann, foi condenado sem estar presente no julgamento. Os outros condenados ao enforcamento foram: Hans Frank, Wilhelm Frick, Hermann Göring, Alfred Jodl, Ernst Kaltenbrunner, Wilhelm Keitel, Joachim von Ribbentrop, Alfred Rosenberg, Fritz Sauckel, Arthur Seyss-Inquart e Julius Streicher.
Walther Funk, Rudolf Hess e Erich Raeder foram sentenciados à prisão perpétua.
Karl Dönitz, presidente da Alemanha e responsável pela assinatura de rendição após o suicídio de Adolf Hitler, foi condenado a 10 anos de prisão. Konstantin von Neurath recebeu pena de 15 anos de prisão, enquanto Baldur von Schirach e Albert Speer receberam 20 anos de prisão cada.
Franz von Papen, Hans Fritzsche e Hjalmar Schacht foram absolvidos neste julgamento, enquanto o entusiasta do regime nazista e capitalista industrial Gustav Krupp teve seu julgamento cancelado por motivos de saúde. Krupp havia utilizado trabalho escravo em sua industria durante o regime nazista. Atualmente, a Krupp que mudou seu nome para ThyssenKrupp AG, continua com denuncias de proporcionar péssimas condições de trabalho para seus trabalhadores, tendo sido palco para o livro jornalístico “Cabeça de Turko” de Günter Wallraff na década de 80.
Robert Ley, chefe da Frente Alemã para o Trabalho, se suicidou na prisão antes de chegar ser julgado.
Os crimes de guerra cometidos pelos alemães durante a segunda guerra foram julgados. Nenhum dos réus teve direito a um advogado.
Os crimes de guerra cometidos pelos países aliados também nunca foram julgados. Como alguns desses países saíram como heróis após a segunda guerra (muito por conta do imaginário do cinema de propaganda dos EUA), atrocidades cometidas contra civis, como é o caso da utilização das bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki, nunca foram julgadas.