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Há 50 anos, Gaddafi assumia

01/09/1969: Muammar al-Gaddafi assume o poder

No dia de hoje na história, Gaddafi assumiu o poder na revolução líbia, formando assim o maior governo nacionalista da história do país.

Nascido no ano de 1942, Muammar al-Gaddafi foi um dos mais importantes e influentes líderes da Líbia. Seu caráter nacionalista, pelo qual era conhecido, ganhou destaque logo em sua juventude por se organizar em um movimento revolucionário influenciado pelas ideias de Gamel Abdel Nasser e de posição anti-imperialista.

A tomada do poder veio no ano de 1969, onde a crise do governo propiciou a sua derrubada por tropas nacionalistas, que obrigaram o governo a renunciar.

O contexto de tal crise é comum a vários países da região. Sob forte controle dos interesses imperialistas, as grandes riquezas do país eram praticamente todas exportadas, como no caso do petróleo, porém sem trazer reais ganhos a população. Além disso, o estado ditatorial da época atacava profundamente a população, enquanto sedia as potências estrangeiras. A soma de todos esses fatores levou a uma grande crise entre o regime e o povo líbio.

Com um desenvolvimento desses, era inevitável que as tropas revolucionárias, setor mais organizado politicamente da sociedade líbia, viessem a tomar a frente da situação, assumindo assim o espaço político deixado pelo então governo de Idris I.

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Gaddafi (centro) em 1969, junto ao presidente egípcio Gamal Abdel Nasser (esquerda) e o presidente sírio Nureddin al-Atassi (direita)

Após a tomada do poder, Gaddafi se torna o líder da revolução líbia, sendo tanto coronel quanto líder do governo, e assim expulsa as bases militares norte-americanas e inglesas, retirando com uma série de medidas as influências imperialistas em seu país e suas empresas que exploravam o povo.

Gaddafi também ficou conhecido por uma outra série de medidas populares, como a forte inclusão das mulheres na sociedade, grande crescimento econômico, grandes programas sociais e diversos direitos aos negros. Podemos também relembrar que a Líbia conseguiu o maior IDH do continente africano, além de ter a menor dívida pública do mundo.

Porém, a atuação do governo líbio após a tomada do poder também se deu em caráter internacional, com Gaddafi patrocinando importantes grupos como os Panteras Negras nos EUA, e grupos anti-imperialistas no Oriente Médio. Propondo a unidade dos estados da região, e declarando também o governo popular de Jamahiriya, sustentado pelo partido União Socialista Árabe.

Seu governo veio a durar por muitos anos, contudo, com a crise aumentando cada vez mais com os países imperialistas, a Líbia, junto a outros tantos países da região, passaram a sofrer ataques que saiam da esfera meramente econômica. Em 2011, Gaddafi foi assassinado, a Líbia destruída por uma invasão financiada sobretudo pelos Estados Unidos e a França, e o governo do país divido em dois.

Devido a isto, a Líbia, país que passou por grande desenvolvimento, conciliando os interesses da burguesia líbia com sua população, enfrentando assim o imperialismo com um governo nacionalista, agora é nada mais é que um país completamente destruído, extremamente pobre, onde o imperialismo saqueou totalmente.

O país que um dia teve o melhor IDH da Africa, hoje sobrevive o tráfico de escravos, mostrando de forma evidente do que é capaz o imperialismo que invade esses países sob o pretexto de “levar a democracia”.

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