Sérgio Moro, o agente imperialista disfarçado de juiz, vem cumprindo seu papel de tornar a ordem jurídica brasileira cada vez mais repressiva e autoritária, por meio de uma estratégia política destinada a eliminar do cenário político a maior liderança de esquerda, Lula, e, assim, proporcionar um controle cada vez maior do povo pelo capital estrangeiro através do Estado.
Depois das inúmeras arbitrariedades cometidas ao longo do processo judicial da Lava Jato, em que ocorreu parcialidade do juiz, supressão do direito de defesa, divulgação criminosa de áudios, conduções coercitivas ilegais, condenação sem prova etc., o ex-presidente Lula enfrenta agora o isolamento e a violência psicológica em sua prisão.
A mando de Sérgio Moro e outros juízes golpistas da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Lula deve se manter afastado dos demais presos, permanecer incomunicável em quase todos os dias da semana, e passar por um forte controle dos momentos de banho de sol.
A restrição de acesso a ele é tamanha que, na última terça-feira (10), uma comitiva de autoridades foi impedida de visitá-lo em sua cela, dentre as quais nove governadores – Tião Viana (Acre), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Wellington Dias (Piauí), Flávio Dino (Maranhão), Renan Filho (Alagoas), Jackson Barreto (Sergipe) e Paulo Câmara (Pernambuco) – e três senadores – Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), e Roberto Requião (MDB-PR).
Embora se trate de pessoa idosa e o artigo 41 da Lei de Execuções Penais garanta ao preso o direito básico de receber visitas de parentes e amigos, o contato com pessoas por parte do ex-presidente Lula vem sendo encarado por agentes do Estado e pela imprensa burguesa como um “privilégio”.
Como se sabe, “privilégio” do ponto de vista da burguesia é qualquer direito mínimo que o Estado reconhece aos trabalhadores oprimidos, como o bolsa-família ou o atendimento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), e, com relação aos líderes de esquerda ou de oposição, é visto como “privilégio” qualquer tratamento humano dentro de um processo penal nefasto, como o da Lava Jato, e deve ser repelido.
A imprensa capitalista difunde a ideia de que Lula deveria ser mais mal tratado, assim como os demais presos, que dormem no chão, passam fome e sede, mas o que ela esquece propositalmente de dizer é que a Constituição Federal não permite nem que o ex-presidente, nem que qualquer preso seja tratado de forma desumana, e que o atual sistema carcerário e penal brasileiro é medieval e violento, estando completamente fora de qualquer padrão internacional de direitos humanos.
O povo não pode aceitar este tipo de empreitada repressiva e autoritária por parte da imprensa e do Judiciário. É necessário mobilizar e lutar pela liberdade das quase 800 mil pessoas encarceradas em verdadeiras masmorras brasileiras, sobretudo dos líderes políticos, condenados em processos jurídicos fraudulentos, cujo único intuito é entregar o país aos interesses do capital estrangeiro, evitando qualquer tipo de oposição.
A palavra de ordem do dia deve ser: liberdade para Lula e para todas as vítimas do Poder Judiciário.