Está tramitando a votação da MP 814/2017, que permitirá que a Eletrobrás, maior geradora de energia da América Latina, entre para o Programa Nacional de Privatização junto com as suas seis controladas: Furnas, Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).
O governo Temer tem praticado uma tática de terra arrasada com a economia brasileira, tentando de forma relâmpago privatizar ou tirar da jogada as estatais brasileiras e precarizar as condições de trabalho do brasileiro. Porém Michel não tem sido a pessoa mais eficaz na execução dessa tarefa tão vital para revigorar a economia dos países imperialistas, têm sido muito difícil para o golpista conseguir um certo dinamismo na câmara, onde muitas das tais reformas tem tramitando mais tempo que esperado, isso por falta de coesão entre os parlamentares, o que mostra claramente o racha político que o país vem sofrendo e a urgência para o imperialismo de trocar Temer para um agente mais eficiente, os militares quem sabe.
A venda da Eletrobrás é um assunto que está em vigor desde o final do ano passado, e está sendo apresentada como uma forma de aliviar a dívida pública, tarefa a qual o governo Temer foi fortemente apontado, pela Globo e mídia burguesa em geral, como sendo altamente competente em realizar, mas que cinicamente só vêm trabalhando no sentido oposto, pois a dívida pública não para de crescer a cada dia.
Nesse clima de propaganda enganosa a Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo descobriu que a Eletrobrás está, desde setembro de 2017, junto à RP Brasil Comunicações, que faz parte do maior grupo de assessoria de imprensa do país a FBS Comunicação, pagando para que falem mal dela, a Eletrobrás. Foram gastados quase 2 milhões para que peritos, colunistas, repórteres etc. detonassem publicamente a empresa para moldar a opinião pública e tentar justificar de algum modo a venda da empresa. Um ótimo exemplo prático de como o imperialismo joga sujo e por baixo dos panos, tendo a imprensa no papel da linda assistente que distrai o público nos espetáculos de mágica.
Os funcionários da Eletrobrás e controladas já recorrendo a parlamentares para garantirem estabilidade nos próximos anos e se safar da onda de desemprego que devasta o país, obviamente causada pela precarização da economia do país promovida pelo golpe. Esses parlamentares pedem estabilidade para 70% dos funcionários e manutenção de 90% dos cargos pelos próximos cinco anos, assim como a realocação dos empregados em outras estatais. É claro que essas exigências serão ignoradas já que os setores que promovem o golpe não se sentem compromissados com trabalhador nenhum, e o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) Romeu Rufino já se declarou contra essas reivindicações, alegando que isso seria um empecilho na licitação para a contratação de novos funcionário, ou seja, de contratar gente para trabalhar mais e mais barato.
É preciso que fique claro para a população que a privatização da Eletrobrás irá precarizar e aumentar o preço do serviço, assim como piorar as condições de trabalho. É mais uma etapa do golpe, que como todas as outras, só visa fazer bem para o bolso cheio dos capitalistas à custa do trabalhador e da população brasileira.