A reitoria da Universidade de Brasília (UnB) foi ocupada na última sexta-feira (dia 12), em defesa da universidade pública e de qualidade. Alunos decidiram ocupar a reitoria da Universidade pelo esclarecimento da questão orçamentária que, segundo a própria reitoria, prevê o fechamento da instituição em agosto deste ano. Além disso, exigem a revogação das demissões em massa dos trabalhadores terceirizados.
O gabinete da reitora Márcia Abrahão se comprometeu a ajudar para que a reunião com o MEC seja o mais breve possível. E cumpriu! Porém, a reunião foi agendada para a tarde dessa segunda, dia 16 de abril, às 18 horas, na Câmara dos Deputados. O mais curioso é que a única entidade estudantil que foi convidada para participar da mesa foi o DCE, cuja direção está nas mãos de setores da direita golpista, que não representa o movimento de ocupação e já declarou ser contra tal ação.
A exigência do movimento de ocupação é que a discussão com o MEC seja feita dentro da própria universidade e não à portas fechadas em alguma sala aleatória da esplanada dos ministérios.
Vale destacar que a pressão para a desocupação já começou. Estudantes relatam que na madrugada do dia 16 de abril, a Polícia Militar soltou um rojão nas proximidades do prédio da Reitoria como medida para coagir os estudantes que resistem. Não deu certo! O prédio segue ocupado e os estudantes seguem resistindo.
Essa é a única medida de enfrentamento e combativa para vencer o governo que quer acabar com a universidade pública. Todas essas medidas de austeridade aplicadas pelo governo golpista nas universidades públicas em todo o país são parte de um projeto de desmonte do ensino público, que visa entregá-lo ao capital privado.