A reação armada louvável de autodefesa do povo palestino no dia 7 de outubro expôs o genocídio deste povo promovido pelo Estado de Israel, colocando-o em primeiro plano. Esse cenário torna imperativo denunciar a máquina de propaganda fascista do sionismo e demonstra suas mentiras.
Listamos abaixo algumas dessas mentiras idiotas contatas pelos sionistas.
1. Retorno de uma etnia a sua origem
Os Hebreus, povo proveniente cananeus, assim como os palestinos, que dominou a região da atual Palestina, não existem mais como tal. Seus descendentes étnicos seriam os atuais judeus, entretanto da mesma forma que este povo dominou a região, outros o fizera antes destes e o fizeram depois, perdendo totalmente o sentido da reivindicação.
Cabe-nos ressaltar que muitos dos atuais judeus não têm ligações que não sejam com a doutrina religiosa dos Hebreus. É ridículo um europeu de olhos claros reivindicar como dos seus ancestrais um território no Oriente Médio.
2. O conflito seria por questões religiosas
Sempre um desavisado, reproduz a questão como um desentendimento religioso com os islâmicos radicais. Algo promovido pela imprensa imperialista mediante uma campanha ostensiva contra a população que resiste à sua dominação.
Por períodos longos, diversas religiões conviveram na região da Palestina e no Oriente Médio em si. Na região da Palestina, durante o império Otomano, conviveram na região diversas ramificações de islâmicos, cristãos, judaísmo, samaritanismo, drusos, Fé Bahá’í, sem maiores complicações, demonstrando que a motivação não são questões religiosas, mas econômicas.
3. Uma boa ação do imperialismo britânico
Com o declínio do Império Otomano, após a I Guerra Mundial, a Inglaterra assumiu o domínio da região da Palestina. Ciente da fragilidade de seu domínio, o imperialismo inglês buscou fortalecer sua posição promovendo a ocupação com judeus.
Entretanto, a adesão foi baixa, mesmo com apoio da burguesia e fundos consideráveis a operação conseguiu comprar e ocupar menos de 10% do território. Esse cenário muda após a II Guerra Mundial, quando a ONU aprova dividir o território e criar dois Estados, com o apoio da burocracia stalinista na URSS.
O Estado de Israel foi um enclave militar plantado para permitir ao imperialismo intervir numa região de grande valor estratégico. Próximo do Canal de Suez, base de antigas rotas comerciais, a Palestina torna-se de grande valor para a intervenção em todo o Oriente Médio.
4. Democracia no Estado de Israel
Um dos mitos propagandeados para o ocidente seria o de que Israel é um Estado moderno, democrático, um exemplo de civilidade para o Oriente Médio. A realidade se prova o extremo oposto.
Israel é um Estado sionista, uma ditadura deste sobre o restante da população moradora da região da Palestina. Palestinos e até judeus, não sionistas, são cidadães inferiores, tolhidos de seus direitos democráticos.
As últimas semanas deixaram isso bastante evidente. O governo sionista, fascista, executou combatentes palestinos e reféns, além de promover um genocídio histórico do povo palestino. Os cidadães israelense que se opuseram a essa política, em geral, são perseguidos e presos arbitrariamente.
5. O Hamas é um antro de extremistas religiosos, sem valores humanos
A propaganda imperialista coloca o Hamas como um grupo de sádicos, suicidas, que desejam apenas assassinar judeus com crueldade. Essa é a base da história dos 40 bebês decapitados, das mulheres indefesas assassinadas.
Novamente temos na realidade o oposto, o testemunho de reféns israelenses libertados, demonstrou a civilidade dos combatentes palestinos. A única incivilidade presente na região vem do Estado israelense.
6. O dia 7 de outubro foi um ataque sectário a civis
As primeiras notícias, dia 7 de outubro, colocavam a ação do Hamas como uma ação sectária contra todos os israelenses, inclusive civis. Mais tarde, órgãos da própria imprensa israelense denunciaram que ao menos metade das baixas oficiais eram militares, ou civis armados caídos em combate.
Mais que isso, o Haaretz denunciou que as forças israelense, visando deter os combatentes palestinos, abriram fogo deliberadamente sobre civis israelenses. Chegando a bombardear casas e bases amigas.
7. Genocídio em Gaza é uma resposta ao terrorismo do Hamas
Na sequência do dia 7 de outubro, o Estado de Israel realizou uma série de bombardeios sobre a população civil na Faixa de Gaza. Segundo os sionistas, os ataques seriam uma resposta às ações do Hamas e parariam apenas com a rendição incondicional deste.
Ignorando que a posição externada pelo sionismo por definição é uma punição coletiva e um crime contra a humanidade, a ocupação dura mais de 80 anos e nestes anos houve bombardeios anteriores. O genocídio israelense do povo palestino não foi uma resposta ao Hamas, mas a continuidade de uma política.
8. A autodefesa armada do palestino é uma ação isolada do Hamas
Toda a imprensa imperialista coloca a resistência como uma ação exclusiva do Hamas. Essa falsificação tenta esconder a atuação de ao menos quatro partidos palestinos na ação do dia 7 de outubro e o imenso apoio da população palestina.
A reação de autodefesa é apoiada na população palestina, que sofre com a ocupação e genocídio há décadas. Não é uma ação isolada, mas o anseio de um povo.
9. Israel e o imperialismo desejam a paz
A imprensa imperialista utiliza o suplício do holocausto para justificar as ações do sionismo. Colocando os sionistas como vitimas de um agressor selvagem, sempre pondo o sionismo como o lado que busca a paz.
Historicamente, temos justamente o oposto, o povo palestino sempre foi muito comedido realizando concessões, buscando evitar o conflito. As últimas semanas reafirmaram que sua resposta ainda é muito complacente e humana.
10. Israel suplantará facilmente a resistência na Palestina
Outra fraude dos sionistas é a de que varreriam toda a resistência palestina da Faixa de gaza com facilidade. Essa já está fora de moda, fica claro que mesmo com todo o apoio do imperialismo, Israel terá muito trabalho ao enfrentar os combatentes palestinos em terra.
Se uma vitória militar dos palestinos é complicada nesse momento é em razão do imperialismo, é certo que sem o imperialismo Israel cairia de imediato. Em todo o caso, o dia 7 de outubro foi um duro golpe no sionismo e no imperialismo, que abalou todo o seu domínio.
