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STF: a sorte de Lula está nas mãos do General

A imprensa golpista especula que, a partir de agora, há grande possibilidade de que o ministro Ricardo Lewandowski passe a ser o relator de todos os pedidos relacionados à execução da pena de Lula que chegarem ao ao STF.

A especulação se deve ao fato de ele ter recebido os pedidos de solicitação de entrevistas com o ex-presidente Lula, gerando mais um espetáculo de ilegalidades por parte do presidente e do vice-presidente do STF que, sem base legal ou regimental, cassaram as decisões de Lewandowski que, por sua vez, reafirmou em despacho sua autoridade e a legalidade de sua decisão ao mesmo tempo em que apontou vícios e abusos de Luiz Fux.

Apesar de um ensaio de rebeldia e de retorno ao garantismo, como já aconteceu outras vezes, o ministro Ricardo Lewandowski não foi até as ultimas consequências e o caso acabou com dissimulações e panos quentes. Fux concedeu entrevista durante a semana e negou que houvesse tensão ou dissenso e ainda cunhou uma nova teoria sobre a atuação do judiciário: juizes devem seguir o anseio popular, não a Constituição ou as Leis. Ou seja, o Judiciário se põe a decidir sobre o que a imprensa golpista disser que é anseio popular e quando deve ser ouvido pelos magistrados.

O fato é que essa possibilidade que, segundo certa revista da imprensa burguesa, tornaria o ministro Lewandowski o destinatário seguro dos pedidos de Lula sobre execução da pena,  dependeriam, como têm dependido até o momento, do presidente do STF que, nesse momento é o General Fernando Azevedo e Silva, que tem como assessor o ministro Dias Toffoli. Sim, isso mesmo. Não resta dúvida de que o presidente da Suprema Corte hoje é um General e o humilhado Dias Toffoli, o único sem pós-graduação entre os ministros, sem uma grande trajetória fora das sombras do PT, é uma espécie de fantoche, talvez, ironicamente, um assessor do militar.

Muitos podem dizer que é injusto e que Toffoli é bem visto pelos colegas, mas a verdade é que foi ele que, pela primeira vez na história do Supremo Tribunal Federal, nomeou um militar como assessor da Presidência da Corte. Na primeira participação em um evento, já na condição de Presidente do STF, o ministro afirma que prefere considerar o Golpe de 1964 como “o movimento de 1964”, indicando bem a que veio. A submissão é total.

Se de fato a mídia golpista acertar em sua previsão e Lewandowski tornar-se o relator dos novos pedidos da defesa de Lula, isso não quer dizer absolutamente nada. Quem vai decidir a sorte do ex-presidente Lula é o General Fernando Azevedo e Silva. Fux, o ministro playboy “que mata no peito”, fez sua parte e na hora certa, e tudo indica que com auxilio da secretaria do STF, e impediu a primeira entrevista autorizada. A partir de agora, ficou mais fácil: os militares decidem quando, como e se Lula vai falar, andar, ser visitado, visto, lido, solto.

Lembremos que, faltando três dias para o primeiro turno das eleições de 2018, o golpe continua firme em seus propósitos e os bonecos do imperialismo, procuradores do Ministério Público, encaminham a Moro pedido de condenação de Lula em mais uma ação, obra de ficção que, novamente sem provas, procura transformar o maior líder de um partido de esquerda do país, da América Latina, em um bandido, um corrupto, dando sequência ao plano de eliminá-lo definitivamente da vida pública e de tornar seu nome proibido de ser pronunciado.

Acreditar na lisura dessas eleições, na isenção de Moro, acreditar que Toffoli é o Presidente do STF, que não houve golpe no Brasil, e que não vivemos num Estado de Exceção, é o tipo de ilusão que tem colocado a esquerda pequeno-burguesa à beira do abismo.

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