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O que diz o marxismo sobre a chamada “ordem internacional”?

Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do PCO, apresentou mais uma edição de seu programa acerca da teoria marxista.

Fundamental para o trabalho de um partido revolucionário, a formação política dos seus militantes tem importância central para o Partido da Causa Operária. Uma das frentes de trabalho do partido nesse sentido é a produção de conteúdo audiovisual transmitido há anos na Causa Operária TV (COTV), censurada pelo STF, o “guardião da democracia”. Mesmo com a sabotagem imposta pelo judiciário, que restringe o alcance dos conteúdos produzidos pelo PCO, programas muito importantes têm sido mantidos, como a Análise Política da Semana (aos sábados), e outros retomados, como a análise política das terças-feiras e o programa Marxismo.

O programa Marxismo retornou há duas semanas, em sua edição nº 51, com o tema “Autodeterminação dos povos”, assunto evocado grosseiramente por setores da esquerda pró-imperialista para discutir a Ucrânia e Taiwan, por exemplo. Na semana seguinte, o tema foi “Nacionalismo, fascismo e o imperialismo”, uma aula importantíssima para superar a confusão feita pela esquerda e também pela direita entre nacionalismo e fascismo. Sempre trazendo uma discussão relevante para o momento político do presente, o tema do programa Marxismo desta segunda-feira foi “O que é a chamada “ordem internacional”?”.

“Ordem internacional”

Para começo de conversa, Rui procurou desfazer algumas concepções fantasiosas em relação à “ordem internacional”, chamada também de “globalismo” por setores da extrema-direita. Longe de algo esquematicamente organizado ou até mesmo um sistema de regras estabelecidas, essa “ordem” é uma situação imposta a partir da dominação econômica e consequentemente militar da burguesia dos países capitalistas desenvolvidos. As supostas regras, evocadas pelos monopólios da imprensa a cada crise política, só valem para os países oprimidos.

Vale citar dois exemplos dessas supostas regras, levantados no programa: as invasões militares e o desenvolvimento de armas nucleares. O caso recente da invasão de parte da Ucrânia pelos russos deixou isso bastante evidente pela discrepância escancarada em relação, por exemplo, da invasão do Iraque pelos Estados Unidos. A destruição do importante país do Oriente Médio não foi tratada na ocasião como algo que abalasse a “ordem mundial”.

Enquanto isso, a ação defensiva dos russos na sua própria fronteira foi tratada como um pecado mortal contra essa tal “ordem”. No caso do direito ao armamento nuclear, nos mantendo ainda no Oriente Médio, basta comparar como o assunto é abordado em relação a Israel e ao Irã para deixar claro que não se tratam de regras aplicadas a todos, mas de uma dominação pela força de um pequeno grupo de países. Essa dominação envolve “uma série de aspectos da vida política e econômica”, como colocado por Rui: “a “ordem internacional” é formada através do enfrentamento das crises políticas mundiais”.

A determinação de “quem tem acesso privilegiado às matérias-primas mundiais” e “quem domina os mercados fundamentais” é resultado direto dessa dominação, que é exercida pelos países imperialistas, em especial os Estados Unidos, o mais poderoso dentre estes. No programa, Rui citou como exemplo o monopólio dos Estados Unidos sobre os altamente lucrativos mercados de alta tecnologia. O caso dos chineses com a tecnologia do 5G é emblemático nesse sentido.

Mesmo tendo conseguido desenvolver a tecnologia, os chineses foram impedidos de acessar diversos mercados em nível mundial, como o Brasil. Mesmo com sua progressiva decadência industrial, sintoma da crise histórica do capitalismo, os Estados Unidos conseguem impor uma dessas regras unilaterais da “ordem internacional” para dominar esse mercado: as patentes, a chamada propriedade intelectual. Um fator de bloqueio do desenvolvimento das forças produtivas.

Nova “ordem internacional”?

Após essa caracterização a respeito da etapa atual da chamada “ordem internacional”, Rui explicitou os exageros embutidos nas análises que dão conta do surgimento de uma nova “ordem internacional”. O desafio russo à “ordem” vigente no caso da Ucrânia ou o possível desafio chinês em relação a Taiwan não passam disso, demonstrações de resistência muito limitadas quando se tem em conta a amplitude da dominação imperialista no mundo.

Nesse sentido, uma nova “ordem mundial” envolveria o fim do imperialismo, ou seja, o fim do próprio capitalismo, sistema econômico que na sua fase terminal depende das condições violentamente impostas pela burguesia imperialista para sobreviver. A evolução do sistema econômico mundial para o socialismo sim, trataria de uma nova organização das relações, algo muito distinto do atual social.

Confira na íntegra o programa Marxismo nº 53 no canal PCO – Partido da Causa Operária no YouTube e saiba mais: https://youtu.be/VicfjlIWK7Y

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