A líder do fascismo francês, Marine Le Pen, candidata nas últimas eleições francesas pela Frente Nacional (FN), está sofrendo uma dura perseguição do imperialismo. Diante do crescimento da extrema-direita francesa, totalmente prejudicial para a estabilidade do regime imperialista, o judiciário golpista francês entrou em uma ofensiva contra Le Pen.
Um juíz recentemente ordenou que Marine se submeta a um exame psiquiátrico por ter postado em 2015, em sua conta twitter, imagens grotescas do grupo do Estado Islâmico decapitando um indivíduo.
A medida desmoralizante nada tem a ver com o conteúdo das imagens reproduzidas pela liderança de extrema-direita. É uma mostra do controle que a burguesia imperialista, e seu setor majoritário que governa o país por meio de Marcon, tem sobre a situação.
Trata-se, no entanto, de uma ofensiva que desrespeita totalmente os direitos de liberdade de expressão do indivíduo. Marine Le Pen tem total direito de compartilhar o que bem lhe entender em sua conta no Twitter, sem por isso ser obrigada a se submeter às ordens de um juiz que não concorda com sua opinião.
Inclusive, o ataque à liberdade de expressão foi cinicamente denunciado pela líder fascista, que aproveitou a bola levantada para chutar pro gol. Obviamente, Le Pen não é nenhuma defensora da liberdade de expressão. Sua política é uma política da violência contra a população trabalhadora, os imigrantes, de fortalecimento da polícia, da censura e assim por diante.
Entretanto, é preciso dizer que esses ataques que são feitos contra determinado princípio democrático atingem, no final das contas, a classe operária e os setores populares. Com base na mesma alegação – “de divulgação de imagens violentas” – a justiça francesa poderia ordenar a submissão de um líder operário a um teste psiquiátrico.
É preciso denunciar a atitude tomada pela justiça francesa como um aprofundamento do estado de exceção criado pela burguesia imperialista francesa.