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Sem acusação ou julgamento: morador de favela do rio é agredido e preso ilegalmente pelo exército

Como já era esperado, o Exército deixa explícita a sua missão de reprimir duramente a população do Rio de Janeiro. Um morador da Vila Kennedy, a primeira favela a ser “agraciada” com uma operação dos militares, teve seu carro parado em uma blitz ao voltar de uma festa e ficou 36 horas detido, sem nenhum tipo de justificativa.

Carlos Alberto Dória Jr, de 26 anos, teve seu carro parado e vasculhado pelos militares e, de início, foi liberado. Após a revista, outro homem se aproximou do local e supostamente desacatou os soldados, que usaram spray de pimenta e dominaram o rapaz. Nesse momento, o gás de pimenta invadiu o carro de Carlos, que saltou do veículo para protestar contra a ação.

No melhor estilo PM de truculência, um sargento usou spray de pimenta contra Carlos e o amigo que estava no mesmo carro que ele. O amigo fugiu para dentro da favela, e o motorista ficou sozinho no bloqueio. Segundo o relato dos militares, Carlos teria protestado: “Tá maluco, quer esculachar morador?”.

Foi aí que começou o pesadelo do morador da Vila Kennedy. Os militares ordenaram que ele se deitasse no chão, algemaram o rapaz e o colocaram em uma viatura do Exército. Quase o mesmo procedimento ilegal que as polícias praticam por todo o país, mas dessa vez com o agravante de serem militares das Forças Armadas.

Detido na base militar, a 10 km da sua casa, Carlos ainda teve que esperar por horas até serem concluídos os depoimentos. O militar diretamente envolvido no caso, inclusive, estava com o rosto coberto por uma balaclava, não se identificou e não deixou seu depoimento registrado.

Após a ação completamente ilegal, e o apelo de advogados militantes dos direitos humanos e da Defensoria Pública da União, Carlos foi encaminhado para uma delegacia da Polícia Civil. Lá, ainda passou mais de 1 hora algemado no porta-malas de uma viatura e teve que dormir em uma pequena cela. Dali, foi encaminhado para um presídio, 32 km distante do local, e, mesmo com um alvará de soltura, teve que passar pelo mesmo procedimento de todos os presos. Só após tudo isso foi liberado, 36 horas depois de ser detido.

Esse é apenas um exemplo das arbitrariedades absurdas que as Forças Armadas são capazes de cometer no Rio de Janeiro, inclusive com o apoio de Villas Boas, comandante geral dos militares, que já declarou que é preciso alguma garantia jurídica para que “não haja outra Comissão da Verdade”, explicitando que a intenção dos militares é ter carta branca para praticar todo o tipo de atrocidade possível.

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