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Golpe no Chile: ranking fraudulento do Banco Mundial foi forjado para atacar o governo Bachelet

O Banco Mundial fraudou seu ranking que classifica os países segundo sua maior ou menor “competitividade” no mercado. O economista-chefe da instituição, subordinada à ONU, Paul Romer, admitiu que o relatório Doing Business (“Fazendo negócios”) prejudicou o Chile ao mudar seus critérios, e que essa mudança tinha objetivos políticos.

Nos últimos 12 anos, a posição do Chile no ranking variou de 25º a 57º. Durante os governos da esquerda do regime, com Michelle Bachelet na presidência, entre 2006 e 2010, e entre 2014 e 2018, o Chile caiu constantemente no ranking apresentado no relatório do Banco Mundial. Já durante o mandato do conservador Sebastián Piñera, o país subiu no ranking.

Pouca coisa realmente mudou entre e outro desses períodos, o que mudou foram os critérios adotados no relatório. O economista encarregado de elaborar o relatório é um chileno, Augusto López-Claros, que foi professor na Universidade do Chile e atualmente está de licença de seu trabalho no Banco Mundial para lecionar na Universidade de Georgetown. As ligações de López-Claros com a direita chilena ficaram claras pelos procedimentos adotados na elaboração do relatório.

Ano passado o candidato de Michelle Bachelet, Alejandro Guillier, foi derrotado nas eleições presidenciais chilenas em uma disputa contra Sebastián Piñera, que retornará ao cargo para um segundo mandato no dia 11 de março. O principal tema da campanha foi a economia, com promessas de maior crescimento econômico para o país. A queda no ranking do Banco Mundial ajudou na campanha da direita para voltar o governo e a prejudicar a campanha da esquerda.

O estrago, porém, é maior do que uma simples campanha para prejudicar um partido durante as eleições. Manipulações como essa fazem parte de uma guerra econômica do imperialismo contra o conjunto dos governos nacionalistas burgueses em países atrasados. O caso do Banco Mundial reforça o fato de que essas instituições que trabalham a serviço do imperialismo, como a própria ONU, não são nada imparciais quando elaboram seus documentos.

Qualquer assunto, seja economia ou direitos humanos, por exemplo, pode ser distorcido por acadêmicos treinados para prejudicar governos, com uma aparência de objetividade e método científico. No caso de relatórios econômicos, a própria escolha dos critérios é feita de maneira a pressionar os países atrasados a abrirem sempre mais seus mercados para que empresas sediadas em países imperialistas tomem conta de tudo.

O Chile, embora tenha sido o primeiro laboratório para o lançamento da ofensiva neoliberal mundial que recaiu sobre os trabalhadores em toda parte, é um país secundário politicamente na região. Esse exemplo dá uma pequena pista da dimensão da guerra golpista movida pelo imperialismo contra governos como os do PT no Brasil e contra o chavismo. A fraude, a manipulação e a sabotagem são armas usadas pelo imperialismo todos os dias contra governos que oponham qualquer obstáculo aos seus interesses.

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