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Por que o Estado de bem estar social não é uma alternativa ao neoliberalismo? Descubra na Universidade de Férias do PCO

O pensamento tende sempre a se adequar às transformações históricas concretas para elaborar as saídas necessárias que correspondam aos interesses estabelecidos de uma determinada classe social.  Do ponto de vista da burguesia, o quadro político internacional se alterou profundamente, da crise econômica de 1929, que quase colocou abaixo todo o capitalismo e depois da Segunda Guerra Mundial – do prestígio da URSS com a derrota dos nazistas e o ascenso do movimento operário na Europa, elegendo diversos governos social-democratas – o caminho do ataque frontal à classe operária, sobretudo nos países industrializados, ficou obstruído.

O imperialismo deu sinais de fraqueza, o mundo colonial começa sua luta pela independência, a classe operária dos países centrais se fortalece mais a cada momento, a reconstrução do sistema econômico internacional foi construído levando em consideração a nova correlação de forças entre as classes.

Diante deste quadro a ideologia e a política prática da burguesia mundial teve de se adequar à nova realidade, era necessário se contrapor à economia planificada e aos direitos garantidos aos trabalhadores do leste-europeu, frutos da Revolução Russa, que inaugura um novo período na história. Para tanto, surgiu a política e a ideologia do Estado de bem estar social e da democracia liberal como “valor universal”; o capitalismo regulado de Keynes e outros. Essa ideologia dominou o cenário político dos países imperialistas centrais no pós-guerra até seu colapso na década de 1970 e a ascensão do neoliberalismo.

Nos anos após Segunda Guerra Mundial, momento de reconstrução da ordem econômica internacional, o imperialismo sob pressão entrou em um consenso, era necessário manter um certo padrão de investimento em seguridade social, era necessário garantir os direitos, pela primeira vez na história, dos trabalhadores em países imperialistas chaves, que seriam “modelos” do capitalismo e de civilização, para se contrapor ao chamado “comunismo” .

A ideia fundamental era aliar democracia liberal com os “valores” de mercado nos países centrais do capitalismo, promovendo a expansão do capital imperialista no mundo, ou seja, uma política defensiva, impedir a revolução proletária por meio de concessões e acordos com os setores mais poderosos da classe operária mundial e a própria burocracia soviética  aos mesmo tempo expandindo a dominação econômica nos países atrasados.   

Essa política foi estabelecida no chamado sistema de Bretton Woods, reorganização da economia monetária internacional após a guerra, cujo objetivo era promover a integração econômica internacional, mercado aliado a reformas sociais, liderança norte-americana aliada a cooperação ocidental (dos países imperialistas da Europa e os EUA).

Os Estados modelos criados para se contrapor aos Estados operários como modelo econômico e social vigorou em um período curto de tempo e em alguns Estados Europeus menores, mas com grande capacidade de investimento, e em menor medida da Grã-bretanha e nos EUA, ou seja, para uma parte ínfima da população mundial. O Estado de bem estar social entrou em colapso e a política do imperialismo passou de uma aliança com a burocracia stalinista e a chamada aristocracia operária – que garantiu certa estabilidade econômica necessária à reconstrução do capitalismo destruído pela guerra, o que demandou uma quantidade enorme de investimento –  para um ataque generalizado à classe operária mundial para destruir suas condições de vida. O Estado de bem estar social foi um período intermediário, a ante-sala de neoliberalismo, o que precedeu e preparou um ataque vigoroso da burguesia imperialista contra os países atrasados e a classe operária mundial, e a ele está intimamente ligado.

De consenso entre os economistas mais importantes da burguesia, o capitalismo regulado passou a ser rechaçado como ineficiente, corrupto, impraticável etc., a ideia mais importante agora era o mercado livre da interferência estatal, era o neoliberalismo.

Quer conhecer os fundamentos da política de capitalismo regulado do Estado de Bem estar social e por que vigorou por um determinado tempo?  E porque o  mesmo não é uma alternativa ao neoliberalismo e nem para a classe operária mundial ? Quer saber porque este capitalismo regulado é uma escada para o desenvolvimento do neoliberalismo?

Não perca a 41ª Universidade de Férias e Acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). O tema desta edição será: A crise histórica do capitalismo: do surgimento do imperialismo ao neoliberalismo. Com a coordenação e apresentação do companheiro Rui Costa Pimenta – ​ jornalista, intelectual marxista, destacado militante e dirigente político e presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), apresenta também o programa Análise Política da Semana, a mais profunda análise marxista dos fatos, que é acompanhada por dezenas de milhares de pessoas todas as semanas – o curso é sem dúvida uma experiência de formação teórica marxista única, a profundidade da análise marxista sobre o século XX e XXI a ser exposta pelo companheiro Rui não encontra paralelo em toda a esquerda nacional, e podemos dizer, mesmo, internacional.

Para maiores informações acesse o site do evento aqui.

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