A dinâmica do golpe segue para minar qualquer tipo de interferência popular na política brasileira. Depois de derrubarem a presidenta Dilma, por meio de um impeachment fraudulento, as instituições publicas nacionais, sempre subservientes ao imperialismo, continuaram prendendo injustamente Lula e agora querem controlar de vez as eleições. Aliás, as condições de haver o pleito nacional em 2018 são justamente o controle completo dos golpistas sobre esse processo eleitoral.
Diante disso, a burguesia tenta emplacar por todas as maneiras um candidato de confiança e outros candidatos secundários para que haja uma divisão de votos. Quanto mais candidatos, maior é a confusão e a votação se divide entre as possibilidades. Nessas condições, a candidatura do ex ministro do STF Joaquim Barbosa é mais um postulado burguês para o controle das eleições.
O histórico de Barbosa, enquanto ministro do STF, já demonstra que suas convicções políticas é de servidão aos ditames do imperialismo para a política brasileira. Foi o grande articulador do julgamento do “mensalão”, lançando mão da repugnante “Teoria do Domínio dos Fatos”, para encarcerar arbitrariamente lideranças da cúpula petista tais como José Dirceu. Do ponto de vista do imperialismo, personalidade política dessas tem até uma certa confiança para assumir o posto de presidente da República.
A campanha política em torno de seu nome, que visa tão somente confundir para manipular a disputa eleitoral, tem o objetivo de colocar em jogo num argumento velho e batido da burguesia para tentar atingir uma aparente popularidade: o falso moralismo. Assim, justamente porque cometeu uma das grandes injustiças enquanto ministro do STF, encarcerando as lideranças petistas; o argumento da campanha seria a defesa de um paladino da moral. Aquele que prendeu políticos “corruptos”, reforçando, a também já desgastada “caça à corrupção”.
Confiar nessas eleições é um grande erro. A única saída é a construção de uma greve geral, por tempo indeterminado, para derrotar o impeachment, a prisão de Lula e a intervenção militar no Rio de Janeiro.