Após toda a repercussão gerada pela decisão de Maurício Macri ao permitir debate no Congresso Nacional a cerca do aborto, finalmente a discussão se inicia nesta quarta-feira. No país, até o momento o aborto somente é legalizado em casos de estupro ou quando a gravidez oferece risco de vida à mulher. Com a discussão em pauta, o esperado é por sua legalização, garantindo a descriminalização de mulheres que realizaram o aborto ou desejam fazê-lo.
Com a realização da discussão, existe uma boa inclinação para que o aborto seja legalizado no país. Nessa espaço curto de tempo, desde a decisão para colocar o assunto em pauta, a questão do aborto no país tem se afirmado. E isso tem se demonstrando diretamente na influência da inclinação popular pela legalização do aborto na Argentina. Diversos setores e movimentos de mulheres tem se articulado diante dessa importante decisão para as mulheres argentinas.
Desde março, tem sido expressiva as manifestações em relação a legalização do aborto. Ao passo, que há uma grande chance para que o aborto seja legalizado no país. Assim como no Brasil, na Argentina pelo menos 500 mil mulheres morrem em clinicas clandestinas ao tentaram realizar o aborto. Uma vez legalizado, será um grande passo no país para a garantia de um direito fundamental para as mulheres, e efetivamente pela sua emancipação.
A pauta pela legalização do aborto que será discutida, propõe a legalização da interrupção da gravidez até as primeiras 14 semanas de gravidez. Portanto, a organização dos movimentos de mulheres neste momento deve se posicionar de maneira enérgica para pressionar a discussão, assim colocando a revindicação pelo aborto como pauta central sabendo que o momento que está colocado é de favorecimento para mulheres argentinas.