Em junho de 2017, o golpista e tucano Aécio Neves foi denunciado pela Procuradoria Geral da República. Dentre os argumentos para o processo, está o recebimento de propina, no valor de 2 milhões de reais do empresário da JBS, Joesley Batista, objetivando impedir as investigações da Lava Jato.
Já se é mais do que perceptível que a Lava Jato nada mais é do que uma forma de incriminar partidos de esquerda e suas respectivas lideranças, tal qual está ocorrendo com o ex-presidente Lula. Tal operação não visa, em momento algum, o que é propagado pelo monopólio da imprensa burguesa, uma limpeza na política, condenando àqueles que cometeram alguma ilegalidade.
Uma tentativa de criminalização da esquerda ocorreu já no primeiro mandato do ex-presidente Lula com o Mensalão, em 2005, cujo relator é o conhecido golpista Joaquim Barbosa, que, dentre sua drástica atuação juntamente a direita golpista, condenou o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Tal qual esta operação é, hoje, a Lava Jato. Uma das principais figuras, atualmente vinculadas, é o agente do imperialismo, juiz Sérgio Moro. Sua atuação é clara no que diz respeito a parcialidade. Em conjunto a direita golpista, condenou Lula (que, como sabido, é um preso político). O golpista atende a interesses claros da burguesia, que visa instaurar no Brasil um governo de direita, regado a políticas que visam massacrar a população pobre.
No caso de Aécio Neves, do PSDB, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou o então senador réu na acusão referente a corrupção e obstrução de justiça. Essa farsa montada pela corja de juízes golpistas (como forma de demonstrar uma aplicabilidade da Lava Jato a todos, indiferente a sua colocação política) já foi percebida antes mesmo do final do processo. O tucano foi afastado por 46 dias de suas atividades, mas, logo depois, o próprio Supremo entendeu que ele poderia voltar a seu posto, tornando óbvio que a intenção dos julgadores golpistas é perseguir a esquerda. Ele é apenas um fantoche, que serve para maquiar as reais intenções da operação.
A mídia golpista e burguesa tem um importante papel nestas perseguições. Divulgam, em primeira mão, notícias, dados processuais que deveriam permanecer em sigílo. O objetivo é claro: atacar a esquerda e suas lideranças, bem como apontar falsos benefícios da direita, seu governo inconstitucional e suas políticas e medidas que vão de oposto as necessidades e interesses do povo.
Logo se torna de suma importância a manutenção da imprensa operária e de esquerda, que traz, de forma verídica, o que realmente está ocorrendo no cenário político nacional e internacional. A política é clara: lutar pelo fim da lava jato e pela libertação de Lula e de todos os presos políticos. Concomitante, deve-se lutar contra o golpe, atuando de forma conjunta aos comitês de luta contra o golpe, bem como contra a intervenção militar em curso. Apenas a mobilização popular é capaz de mudar o cenário catastrófico atual.