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A sétima arte sai às ruas

Cinema argentino se mobiliza contra Milei e a direita

Artistas e cineastas argentinos organizam manifestação contra o candidato de extrema direita à Presidência da República

Possivelmente, o cinema é uma das artes mais conhecidas entre as pessoas. Trata-se de um universo criado a partir de outras artes como literatura, música, pintura e arquitetura, que encanta o mundo há gerações. Cinema é cultura, e, como tal, faz parte e representa as identidades de povos no mundo. Pois este patrimônio cultural na Argentina foi ameaçado em recente pronunciamento do candidato de extrema-direita, Javier Milei, que ‘prometeu’ fechar o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA) do país.

O INCAA tem sede em Buenos Aires e foi fundado em 1968. Desde então, desenvolve vários projetos voltados à indústria audiovisual, com exposição de filmes, apoio as produções, cinemateca de preservação do acervo e da memória nacional e observatório audiovisual, que estuda assuntos como nível de emprego no setor, diversidade audiovisual e desenvolvimento regional e distribuição da produção audiovisual no país. Certamente, este espectro de assuntos e ações passa longe do conhecimento de Milei e da extrema-direita, que tem como prática, ao ascender ou para ascender ao poder, atacar a cultura, ou seja, atacar a identidade comum de uma nação.

Vimos esse filme no governo Bolsonaro. O então presidente passou toda a gestão lançando em suspeição a Lei Rouanet e criticando, com total desconhecimento de causa, as produções artístico-culturais brasileiras. O fato é que a bravata recorrente da extrema-direita resulta no desfalecimento do setor – um dos principais objetivos da campanha-, deixando vazios que não são ocupados por nenhuma outra ação, dado que o ódio às expressões culturais é acompanhado pelo descaso e pela falta de competência em erigir algo novo, mesmo que tacanho. No Brasil vivenciamos quatro anos de ‘nada’ e nada indica que diferirá na Argentina, podendo, inclusive, ser pior.

Atentos às movimentações do candidato extremista, a comunidade audiovisual argentina, formada por artistas, diretores, produtores e milhares de trabalhadores envolvidos na produção, publicidade, distribuição e produtos, além das pessoas que defendem a cultura, estão organizando manifestação contra Milei, visando mostrar a força e posicionamento do setor frente às ameaças. Com a marcação #cinemaargentinounido os protestos começaram semana passada no Festival de San Sebastián, Espanha, onde as 25 produções argentinas estão concorrendo. Há programação e passeatas nas ruas de Buenos Aires e novas manifestações nos festivais de cinema pelo mundo.

Os pontos destacados pelos manifestantes trazem o direito a cultura e ao imaginário coletivo do povo argentino. A questão econômica é apresentada como uma área que será fortemente impactada com políticas de ataque as artes audiovisuais, pois o cinema argentino é premiado mundialmente e já tem fortalecida uma rede capaz de impactar na economia de cidades e regiões. Trata-se, sem dúvida, de um patrimônio cultural e econômico também.

O clima é de preocupação, já que o Milei é um candidato. Mas sua posição nas pesquisas foi suficiente para movimentar vários setores do país de forma contrária à postura do presidenciável. Neste sentido, devemos aguardar novas manifestações que, possivelmente, ganharão força com a união de reivindicações populares já atendidas, como a questão do direito ao aborto, e da não destruição de parte da cultura argentina, mesmo porque, sabemos que a extrema-direita tem vários alvos, e as artes estão entre os primeiros.

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