Da redação – O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou o assassinato do general Qassem Soleimani por parte das forças aéreas dos Estados Unidos, na madrugada de hoje (03), como um “ato terrorista para supostamente combater ‘terrorismo'” e um “crime atroz”.
“O que Trump fez em Bagdá é um ato terrorista para supostamente combater ‘terrorismo’. Assassinar um general de um exército de um país soberano, fora de zona de conflito, e sem batalha alguma, além de um crime atroz, é uma besteira solene”, comentou o político em sua conta no Twitter.
Soleimani foi assassinado na madrugada de hoje em Bagdá, em um bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e que também matou o vice-líder das Unidades de Mobilização Popular do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis, força armada que combateu a ocupação norte-americana e, depois, o Estado Islâmico, no Iraque.
Correa foi um dos únicos políticos de destaque internacional a se posicionar energicamente contra o assassinato do general iraniano e tal violação da soberania do país persa. A esquerda norte-americana (como Bernie Sanders) simplesmente reproduziu as preocupações de uma parte da burguesia dos EUA com uma nova guerra e o mesmo foi feito por Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista britânico. Nem mesmo Rússia e China, aliados do Irã, fizeram denúncias contundentes. O presidente sírio, Bashar al-Assad, foi outro que elevou um pouco mais o tom na denúncia do ataque imperialista.
Rafael Correa, assim como os iranianos, é uma vítima perseguida incessantemente pelo imperialismo. Seu governo foi derrubado por meio de um golpe eleitoral e Lenín Moreno o traiu, implementando uma perseguição política contra Correa (que teve de se exilar na Bélgica) e muitos outros dirigentes nacionalistas, para estabelecer um regime neoliberal cada vez mais de direita contra o povo equatoriano, a fim de entregar toda a soberania do país ao imperialismo.