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Edson Arantes do Nascimento: a revolução no futebol

Antes de Pelé pode-se ler relatos de jogadores bons, até geniais por desenvolverem determinado aspecto do futebol. Os brasileiros contribuíram com o desenvolvimento do esporte, quando se viu a primeira bicicleta, o primeiro drible de corpo, chaleira, chapéu, drible da vaca, velocidade, visão de jogo, etc. tudo pode ser atribuído ao brasileiro, em especial, à participação do negro no futebol.

Mas um homem concentrou todas as qualidades em determinada época do futebol e acabou culminando em gols e jogadas inexplicáveis para mortais. Pelé, o brasileiro mais conhecido no mundo, guarda consigo centenas de títulos, mas certamente o mais importante é de ter revolucionado o futebol mundial.

Na multidão de negros e pobres jogando futebol pelo Brasil, Pelé era mais um, nascido em 23 de outubro de 1940, em Três Corações, Minas Gerais. Só não teria o mesmo destino de tantos outros, tendo começado a jogar no Santos FC aos 15 anos, na seleção brasileira aos 16, e venceu sua primeira Copa do Mundo FIFA aos 17. Isso já bastava para mostrar a genialidade do jogador.

A vida do rei pode ser divida em infância, e seu início de carreira no clube santista. A fase de maturidade de seu futebol e o ápice da carreira, quando Pelé completa 1000 gols marcados, onde o destaque é a atuação pela Seleção. Além da época em que é convidado a jogar nos Estados Unidos, visando popularizar o esporte no País, no chamado “New York Cosmos”.

Os elogios ao jogador, sua magistralidade, foram feitos por quase todos os jornais existentes no mundo. Cabeçadas certeiras, passes adocicados, lançamentos precisos, dribles, gols de placa, vitórias marcantes, A cada jogo, Pelé foi subindo degraus para entrar de vez na história do futebol mundial.

Os títulos, congratulações, diplomas, premiações, são aos milhares. Atleta do Século, dentre outros, o “melhor futebolista do mundo” ainda é o mais importante.

Por sinal, o nome “Edson” foi dado pelo pai, Dondinho, em homenagem ao inventor Thomas Edison. Parecia adivinhar que o filho iria praticamente reinventar o futebol.

A fama de Pelé ia tomando conta do mundo, até episódios únicos terem acontecido, como no caso da visita de Pelé no exterior, à África em 1969, no transcorrer da guerra civil no Congo Belga, quando as forças rivais declararam a interrupção das agressividades. Chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação de Pelé sob tutela de um exército para o outro.

Foi aos 17 anos campeão do mundo, o mais jovem campeão de todos os tempos. “Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo (…)levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único”, declaração no site do Santos.

Entre os feitos do histórico time de 1958, ficou marcado aquele gol antológico na final contra a Suécia em que Pelé dá um “chapéu” no marcador sueco, e pegou “de prima” direto pro gol, sem chances para o goleiro. Uma demonstração de maturidade excepcional para um mero garoto que iria transformar a arte de jogar bola no mundo. Campeão, o garoto Pelé chorava ao final do jogo nos braços de Gilmar, o goleiro.

A camisa 10

Hoje parece natural que o “camisa 10” de um determinado time seja o artilheiro, o matador, o mais habilidoso. O cara coloca e até pede a camisa 10 para jogar, e todos olham já com certo receio da habilidade do cidadão.

Mas antes de Pelé não era assim, era só mais um número entre os 11 que entrariam em campo, não tinha destaque algum. Foi Pelé que instituiu a Camisa 10 como sendo a camisa do craque do time.

O termo “Gol de Placa” também deve à atuação do jogador, em um jogo disputado em 5 de março de 1961, na vitória do Santos sobre o Fluminense por 3×1. Pelé simplesmente driblou o time todo, não tinha mais gente para driblar, faltou só o técnico. A cada drible a multidão no Maracanã enlouquecia, a euforia era enorme, até Pelé marcar o gol, nos dizeres do narrador Joelmir Beting, um Gol de Placa.

Era tão espetacular o futebol de Pelé que as defesas de seus chutes e cabeçadas eram raras, tanto é que quem conseguia defender entrava imediatamente para a história, como é o caso de Gordon Banks, que realizou uma bela defesa após uma cabeçada perfeita de Pelé, e entrou para a história das copas como A Maior Defesa da História do Futebol.

Os lances que não culminaram em gols também entraram para a história. O espetacular drible sobre o goleiro Mazurkiewicz, na Copa de 1970, entrou para a história como um dos mais famosos lances do futebol. Todos se perguntam como aquela bola não entrou. Você pode exibir o vídeo 100 vezes, que você simplesmente torce do mesmo jeito para que ela entre.

Os números do Rei são aos milhares, recordes às centenas e outras tantas vezes artilheiro de Copa, campeonatos estaduais, nacionais, amistosos. Se havia algum recorde a ser quebrado, quem o quebrou foi Pelé. Considerado o esporte mais popular do mundo, o futebol tem essa característica em grande parte conquistada por Pelé. Por isso o Pérola Negra, ou O Rei do Futebol, O Rei Pelé, ou simplesmente o Rei.

Os esquemas táticos rígidos europeus, que começam a dar o ar da graça na época de Pelé, foram todos para os ares. O estilo de jogo de Pelé simplesmente impedia que se fizesse um esquema tático de marcação para o número 10 da seleção. Ao driblar um ou dois jogadores do time adversário, já virava um “Deus-nos-acuda” e um desespero total para evitar o gol de Pelé.

Um gênio desse porte obviamente ficou vulnerável às mais variadas pressões políticas e econômicas. Até os dias de hoje, Pelé é um dos homens mais influentes no país, para o qual todos os governantes necessariamente adotam um plano.

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