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Quilombola é assassinado em região de conflito no norte do Espírito Santo

No final de janeiro deste ano, o quilombola Evaldo Florentino foi assassinado por dois pistoleiros encapuzados no município de Conceição da Barra, norte do estado do Espírito Santo.

Evaldo era filho de uma das principais lideranças da luta pela demarcação do território quilombola entre Conceição da Barra e São Mateus, Berto Florentino. Berto Florentino também é um dos expoentes da cultura quilombola na região, o Ticumbi, que revela que a região é habitada há dezenas de anos por comunidades quilombolas e reforça a terra tradicional a ser demarcada e, portanto tão combatida pelos latifundiários da região.

Evaldo vinha sofrendo uma série de perseguições por autoridades da região e chegou a ficar vários meses preso em 2016 acusado injustamente de assassinato e sem nenhuma prova, somente um retrato falado completamente equivocado e que evidenciava ainda mais perseguição política.

Depois dessa perseguição, Evaldo e sua família estavam no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PPDDH) devido as diversas ameaças e perseguição por parte do estado.

Os quilombolas da região lutam há décadas pela demarcação do Território Quilombola Tradicional do Sapê do Norte, enfrentando grandes latifundiários como as empresas florestais Aracruz Celulose (Fibria), Suzano, Disa e outros latifundiários ligados ao setor de açúcar e álcool. São mais de 32 comunidades quilombolas vivem sob forte clima de tensão e perseguição por parte da polícia, empresas e judiciário.

As tentativas de intimidações, perseguição, acusações infundadas e assassinatos são uma ferramenta utilizada por essas empresas para atacar duramente os movimentos de luta pela terra da região, como os quilombolas, indígenas e sem-terra. Isso devido as terras do norte do Espírito Santo pertencerem ao estado, devolutas, e sendo invadidas pelas empresas de celulose e cana-de-açúcar.

A perseguição é tamanha que em 2009 foram presos 39 quilombolas acusados de “roubo de madeira” por policiais em uma área grilada pela empresa Fibria (antiga Aracruz). A ação foi tão absurda e ilegal, que o próprio Estado reconheceu que a operação policial ocorreu sem mandato judicial ou provas que incriminem os quilombolas e condenou o Estado do Espírito Santo a pagar R$ 100 mil em danos morais coletivos para a comunidade São Domingos e mais R$ 10 mil de indenização para cada morador preso.

Fica evidente que o assassinato do quilombola tem ligações com a luta pela terra e serve para intimidar os quilombolas e, principalmente, Berto Florentino, liderança na demarcação pelo território quilombola no Espírito Santo.

O método de perseguição, acusações infundadas e assassinatos são práticas recorrentes nas ações dos latifundiários. E que estão ocorrendo de maneira mais agressiva e constante após o golpe de Estado.

É preciso denunciar mais esse assassinato realizado pelos latifúndios ligados aos plantios eucalipto e a cana-de-açúcar para impedir a demarcação do território quilombola e de outros movimentos na região.

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