Os dados do Infopen, o Sistema Integrado de Informações Penitenciárias, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Ministério da Justiça trazem uma estatística que embasa a constatação de que o Judiciário brasileiro exerce uma seletividade penal prejudicial à população negra.
Enquanto no total da população brasileira com mais de 15 anos 53% das pessoas se declaram negras, 64% dos presos no sistema penitenciário nacional são negros.
Em todas as prisões do Brasil o caso se repete, se repete a ideologia da burguesia, todo pobre é bandido, todo negro é bandido, daí vem a superlotação das cadeias com 64% de negros.
O caso o Rafael Braga, por exemplo, pego com uma mochila com “Pinho sol” e materiais para limpar vidros de carro, em uma manifestação, foi condenado a uma pena longa para o rapaz sofresse na cadeia com uma doença grave.
Outro fato que nos chama atenção é o critério com os juízes utilizam para não julgar a maioria dos casos (presos provisórios) que na grande maioria das vezes são casos simples, e eles não julgam pois acham que são pobres tem que apodrecer na cadeia, este é o pensamento da grande maioria.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou que o rigor da Justiça Criminal com os negros é maior que com os brancos. Enquanto o primeiro grupo vai mais para a prisão, o segundo tem mais acesso a penas alternativas. Todos são dados que comprovam que este sistema precisa acabar.